A ROTA do RECÔNCAVO completa neste 03 de fevereiro, um ano de realização do Passeio Inaugural.
Parabéns à Todos que contribuiram, incentivaram, e participaram deste projeto, e continuam fomentando o desenvolvimento, desta que é uma Rota que conjuga estrada com muitas curvas, belos cenários, cultura, gastronomia e atmosfera bucólica.
Assistam um trecho deste passeios com imagens produzidas pela TVE-BA, que nos acompanhou, e editadas neste clip por nosso companheiro Alexandre Bayerl.
Para ler na íntegra a postagem do Passeio Inaugural, click aqui!
Parabens ! eta passeiozinho legal . E vem aí novas Rotas 2012 !
ResponderExcluirPentelho .
Presidente eterno do Escritorio do Farol .
Parabens meus amigos, muita luta para tornar este sonho uma realidades. Estou com saudades do passeio, do almoço, do charruto, enfim de todos vocês da Escritorio do Farol, um exemplo de amizade. Até breve.
ResponderExcluirValeu Grande PHD CHICO, sempre é e será uma honra tê-lo conosco!
ResponderExcluirO termo recôncavo, originalmente usado para designar o conjunto de terras em torno de qualquer baía, se associou, no Brasil, desde os primórdios da colonização, à região que forma um arco em torno da Baía de Todos-os-Santos. Essa região se caracteriza não apenas pelas suas incríveis variáveis físico-naturais, mas, sobretudo, por sua história e dinâmica sociocultural.
ResponderExcluirÉ bastante conhecida a emergência do complexo canavieiro ao norte dessa Baía (nos solos localmente denominados massapês), associado, no sul do Recôncavo e ao norte de Salvador, à produção de gêneros alimentícios, madeiras e fumo. Nesse processo, os colonizadores portugueses dizimaram dezenas de aldeias tupinambás e fizeram do Recôncavo um dos principais destinos da diáspora africana. Aqui, as ações dos donos do poder encontraram infinitas formas de resistências por meio de rebeliões, fugas, negociações e redimensionamentos culturais, exercitadas pelos povos dominados.
O Recôncavo produziu grandes riquezas, no entanto, a resistência às inovações está entre os motivos que determinaram um grave atraso na sua modernização socioeconômica. A modernidade no Recôncavo, inclusive em Salvador, só ocorreu com a exploração do petróleo a partir da década de 1950, quando aconteceram importantes mudanças nas relações de poder nessa sociedade. Todo esse processo ajuda a explicar o lugar do Recôncavo nas divisões do trabalho em escalas global e nacional e seus desdobramentos locais.
É notável a similaridade entre alguns mapas do Recôncavo propostos desde o século XVIII até o presente. Nesses estudos o Recôncavo forma um semicírculo (com cerca de 10.500 Km2), abrangendo o norte de Salvador até Mata de São João e Alagoinhas; a área de solos massapês, localizada ao norte da Baía; as terras baixas de Maragogipe a Jaguaripe; e as regiões mais elevadas de Cruz das Almas e Santo Antonio de Jesus.
Em 1989, quando o IBGE definiu novos critérios para a regionalização do Brasil, o antigo traçado do Recôncavo continuou como referência, verificando-se grande semelhança entre o que o IBGE denominou de Mesorregião Metropolitana de Salvador (com 38 municípios e 11.200 Km2) e o velho Recôncavo Baiano.
É extraordinária a permanência dos vínculos que determinam a existência dessa região. Contribuem para isso o subespaço longamente elaborado e por muito tempo estável, a presença de Salvador e da Baía de Todos-os-Santos, e, como lembra o geógrafo Milton Santos (1926-2001), “as iconografias que mantém a idéia de região através da noção de territorialidade, que une indivíduos herdeiros de um pedaço de território”. Percorrendo o Recôncavo, é possível observar entre seus habitantes uma sensação de pertencimento à região, o reconhecimento de uma história comum e uma interessante referência a muitos hábitos e tradições. Evidentemente, tudo isso foi forjado “aos trancos e barrancos” – no sentido que Darcy Ribeiro emprestou ao termo.
Na segunda metade do século XX o Recôncavo passou por muitas transformações. Mudanças da matriz de transportes criaram uma densa rede de estradas e redefiniram o protagonismo de determinados centros urbanos. A área mais próxima de Salvador se constituiu numa região metropolitana (não confundir com a Mesorregião Metropolitana de Salvador). A exploração de petróleo e a instalação do Pólo Petroquímico de Camaçari definiram novos subespaços. O desenvolvimento de Feira de Santana estabeleceu sombreamentos de áreas de influências. Com tudo isso houve uma redução da coerência funcional da região, mas não suficiente para diminuir territorialmente ou conceitualmente o Recôncavo.
Certamente, valorizar o Recôncavo tem importância estratégica para aqueles que consideram relevante, como ensinou Milton Santos: “... pensar na construção de novas horizontalidades que permitirão, a partir da base da sociedade territorial, encontrar um caminho que nos libere da maldição da globalização perversa que estamos vivendo e nos aproxime da possibilidade de construir uma outra globalização, capaz de restaurar o homem na sua dignidade”.
Bom dia Galera, logo mais estaremos juntos rodando pela nossa Rota.
ResponderExcluirAbraços do Harleyro Tigrão.